25 de fev. de 2012






Não há solidão maior que a daquele que vive cercado de gente. Quem tem todas as mulheres ou homens do mundo não tem ninguém, e muito provavelmente, não consegue, há muito tempo, ter a si próprio. É batido dizer, eu sei, até parece filosofia de boteco – e talvez seja mesmo – mas, se não me possuo, não posso me doar. Isso seria um estelionato pessoal. Uma mentira interpretada por alguém que construiu um papel e, em questão de semanas, vai frustrar quem caiu em seu papo de “pessoa pra casar”.
Frases prontas como a do título desse texto só servem para, paliativamente, nos consolar nos momentos de solidão, crescentes na sociedade da multidão e do caos.
Quem vive constantemente rodeado de gente está sempre sozinho. Duvida? Dá uma olhada nas baladas, cada vez mais cheias de gente quase sempre vazia. Procuramos, ainda que o orgulho não nos permita admitir, entre as 7 bilhões de pessoas no planeta, uma única, que tenha a capacidade de nos fazer sentir novamente. Não me refiro ao prazer barato vendido ou dado a cada esquina, mas a parceria necessária para virar a rua e seguir pelas avenidas da vida. Porque no fundo, o que queremos mesmo é edredom, filme e pipoca, acompanhados por alguém que lembre nosso nome e nos ligue no dia seguinte.

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